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lama da samarco


uma logomarca que sorri, que vota, que sofre que sustenta um mundo inteiro nas costas uma logomarca que canta, faz melodia, faz ruído uma logomarca que pensa no futuro, quer ficar pra história

e a quem se paga pra manter nosso destino de crescer

a vida acontecendo sem sol o dia nascendo sem céu onde era manada e rouquidão, hoje mercado negro de marfim onde havia batuta e balafon hoje é metralhadora a gargalhar

o combustível cosmético-comestível-mixagem genética expectativa de vida de gente no brasil é uma chance de calouro todos os dias milhares de peixes morrem afogados deixa ele salgar na areia da praia deixa ele sangrar na areia da praia de minas gerais

além do fedor por todo lado do outro lado do cemitério ainda urge lucrar: carne de cachorro mortos célebres enrabados no necrotério

já faz tempo que o tempo se perdeu só cambaco se lembra de achar

mas hoje a fome enleva o bucho estado de natureza matar ou morrer

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